Aproveite o spam que você recebe

Você deve odiar spam, a maioria odeia, muitos nem ligam, mas é preciso entender o que é spam de verdade e como tirar proveito dele. Spam são mensagens não solicitadas de conteúdo inadequado, inútil ou enganoso (dicas de serviços, sites, softwares e blogs não são spam, apesar de muitos radicais pensarem que é. Radical é só alguem mal amado, ou que tem algum problema mental, então não dê importância).
Chegamos ao ponto de como você pode tirar proveito do spam que recebe. Primeiro abra um arquivo (txt ou doc), abra todos os spams de sua caixa de e-mails e copie o endereço de cada um e cole no arquivo previamente criado (não abra aqueles de banco ou cartão de crédito e para os outros não clique em nada do que eles estiverem mostrando e delete os spams em seguida). Uma vez por semana selecione todos os endereços e cole no BCC (cópia oculta) de uma mensagem que você vai enviar para todos eles. A mensagem pode ser de divulgação de seu blog, site, perfil de rede social ou comunidade que participa (se não tiver nada disto divulgue os blogs que você visita incluindo os meus blogs, por favor). Enfim divulgue o que quiser e será também uma forma divertida de vingança. Mas existe um motivo mais sustentável, você está reciclando o spam.
Eu faço a minha parte, se é que me entende.

Campanha: Se gritar, a gente não compra

Uma das coisas mais abjetas em publicidade são os comerciais de varejo, porque afinal são gritados? Quem propõe esta estupidez? Como os diretores de marketing das lojas aprovam este tipo de lixo? A culpa é deles evidentemente. Afinal são eles que aprovam este tipo de "comunicação" que não ouvimos (botão de mute foi inventado para nos livrar deste lixo).
Mas o ComGurus teve a idéia de fazer uma campanha contra e eu apoio. A campanha é "Se gritar, a gente não compra". Copie a imagem e coloque em seu blog, vamos fazer com que entendam que execramos este tipo de publicidade, quem sabe eles param.

Link para o site COMGURUS

Vamos todos apoiar.

Doação não é esmola

Tenho lido frequentemente em sites e blogs comentários sobre doação a sites como Wikipedia, desenvolvedores de extensões para o firefox e outros tipos, ser esmola.
Comentários estupidos e ignorantes como este tentam rebaixar uma instituição tão antiga e respeitada como a doação numa coisa menor, desrespeitosa.
Uma pena que o Brasil não siga os passos dos Estados Unidos sobre respeito e valorização da doação, algo que eles souberam tornar valioso. Nem falo do momento em que doação passou a ser o envio de dinheiro, falo dos tempos em que a doação era do tempo, quando pessoas doavam seu tempo e trabalho para erguer um celeiro. Até mesmo universidades de renome recebem doações em dinheiro e não é de hoje. A sociedade norteamericana é muito do que é graças a instituição da doação. Poderia discorrer com base em exemplos de vários países e apresentar números, mas o principal é o princípio da doação que tem valor. Seria muito bom estimularmos os outros e seu trabalho com doações. O Brasil seria um país melhor.
Portanto ignore opiniões imbecis, doe seu dinheiro a causas, entidades, sites e desenvolvedores que você julgue relevantes. As instituições, as causas, os projetos, pessoas, profissionais e o país agradecem.

Sistemas operacionais vão morrer...

Muita coisa tem sido dita e escrita sobre computação em nuvem (expressão ridícula, por sinal) e com certeza será algo real e cotidiano para todos que usarem um computador, smartphone, netbook ou o que quer que seja necessário acessar a web, ou usar programas, ou se divertir com games ou simplesmente se comunicar on line.
Mas o pior de tudo é dizer que o sistema operacional vai morrer, seja windows, linux ou qualquer outro. Porque? Porque seu navegador, digamos o Firefox, irá fazer tudo o que você imagina, mas vai depender de um sistema operacional para rodar. A menos que se invente uma forma de abrir programas diretamente, sem um sistema operacional, o que ainda é impossível, os programas seja quais forem dependerão de um sistema operacional. Não pense como desenvolvedor, ou engenheiro, pense como usuário e como ele utiliza um computador e entenderá o que digo.
Dizer no entanto que seremos menos dependentes deles, dos sistemas operacionais, por causa dos programas que não precisarão estar no seu computador e sim na web, ok. Dizer que os sistemas operacionais irão acabar, é outra coisa.

Fim de Tecnologias

Muitos já escreveram e falaram que determinadas tecnologias estão acabando e em alguns casos modelos de negócios irão desaparecer. Já se falou que vídeos pagos acabarão porque os gratuitos irão substitui-los. Já se disse até que o itunes irá acabar.
Pessoalmente não acredito nisto porque modelos e tecnologias na maioria das vezes só desaparecem quando não são relevantes.
Imagino como a maioria que tem conhecimento real, que tecnologias e modelos relevantes passam por processos de adaptação, realinhamento e na maioria das vezes mudança de foco.
Qual é o futuro das tecnologias? Curiosamente hoje tecnologias dependem muito mais dos usuários e da relação que eles tem com elas, eles serão os determinantes do futuro delas.
Antigamente (15 anos atrás pelo menos) as empresas eram os determinantes de adoção de uma tecnologia, hoje são os usuários que apontam os caminhos, vide os blogs, vídeos, wiki, webmail etc.
Portanto se você quer saber qual tecnologia ou modelo de negócio terá futuro promissor observe o que os usuários estão adotando e divulgando.

Futuro do Linux

O Linux tem uma longa caminhada para que seu futuro seja de plena recompença para todos, desenvolvedores, colaboradores, usuários e empresas em geral. Mas poderia ser mais curta esta caminhada e a receita é simples.
Basta que se consolidem as diversas versões e distribuições aproveitando o que de melhor todas tem a partir daí gerar 3 distribuições globais - vou dar nomes apenas para identificarmos melhor:
1 - Linux Server - Distribuição para servidor e empresas;
2 - Linux Desktop - Distribuição para usuários (pessoal e profissional);
3 - Linux Móvel - Distribuição para celulares, smartphones e pdas.
Os grupos de trabalho e colaboração funcionariam em 4 grupos, o grupo LServer, o grupo do LDesktop, o grupo do LMóvel e o quarto grupo o de desenvolvedores de aplicativos para as distribuições.

Parece fácil ou até mesmo simplista, mas isto encurtaria e muito a adoção por vários motivos, por exemplo: acabaria com a confusão na cabeça do usuário sobre qual distribuição é a melhor ou mais adequada; as empresas economizariam tempo e dinheiro evitando testar várias distribuições adotando a padrão; os esforços diluídos se concentrariam, e os desenvolvedores de cada país se empenhariam para gerar as versões para seu idioma de forma mais fácil e rápida.
Poderia ficar aqui descrevendo por horas as vantagens desta reorganização. Acredito que até o Linus Tornvalds aprovaria, afinal o desgaste dele e dos mantenedores de kernel seria muito mais funcional e orgânico.

A mídia é a culpada?

Muito já foi dito sobre a falta de incentivo as empresas nacionais, de falta de apoio financeiro, afinal venture capital neste país é como o pé grande, todo mundo acredita que exista, mas ninguém viu, falta de politicas de apoio, incluindo aí a questão do custo para contratação etc, etc.
Mas o que até agora não vi, nem ouvi falar é da falta de apoio da mídia as empresas. Curioso que publiquem qualquer coisa de empresas estrangeiras, das nacionais é praticamente nada, se compararmos. Sei de muita empresa que envia release para os veículos certos, mas são solenemente ignoradas. Para elas o empreendedorismo é uma expressão vazia. Porque isto ocorre? Não sei a resposta, ou melhor intuo que estão acostumadas a nada fazer a não ser reproduzir o que recebem das agências de notícias, sabemos todos que esta pratica é muito mais comoda.
Mas e como ficam as empresas, aquelas que empregam, aquelas que inovam, aquelas que querem crescer?
Perguntem a mídia.

Mídia, um estranho terceiro poder

Observando e ouvindo vários empresários, de alguns setores, como tecnologia, indústria e serviços notei algo estarrecedor. A mídia não apoia as iniciativas e empresas que tem algo de valor a oferecer. Sem citar empresários, muito menos veículos de comunicação, observei que em casos onde um empresário tinha algo para divulgar de relevante e mesmo tendo enviado releases aos veículos segmentados certos não obteve qualquer retorno. Soou estranho, já que os mesmos veículos publicam e ou divulgam tudo o quem vem de fora, mas ignoram o que de bom, relevante e inédito se faz aqui. Já conversei com muita gente esforçada que faz coisas fantásticas aqui que a mídia solenemente ignora. Não basta ser inédito, tem de ser estrangeiro ou multinacional. Terão os que argumentaram que existem exemplos que provam o contrário, minoria não é regra e só a regra faz o resultado.
Isto veio ao encontro de um texto que li sobre como a mídia lida com as notícias, de que apanham o que as agências de notícias entregam e depois de pequenos ajustes publicam. Este texto me fez refletir que a resposta para a pergunta de: porque não divulgam os releases destes empreendedores? É porque dá mais trabalho? Ou porque algo corriqueiro numa empresa estrangeira é mais relevante do que algo inédito feito aqui?
Não sei a resposta a esta indagação e provavelmente não saberei nunca porque a resposta é tão estranha quanto o estranho poder da mídia.

Tio Patinhas e o empreendedorismo no Brasil

Muito se fala sobre empreendedorismo no Brasil, no entanto pouco se faz de concreto para tornar o caminho do empreendedor menos difícil. Iniciativas, pequenas e poucas existem, mas passam ao largo do sistema financeiro padrão. As linhas de crédito são uma piada, afinal os bancos brasileiros sem nenhuma excessão não apoiam com linhas de crédito consistentes. Herdaram um modelo português de exploração e não de produção, ou seja empresta-se para quem não precisa, para quem precisa as exigências e taxas são o que de mais aviltante existe. Nisto o modelo americano é o melhor exemplo de apoio a idéias, projetos e empresas. Infelizmente fomos colonizados pelo povo errado. Na verdade este texto faz côro a muitos outros com as mesmas conclusões.
O maior problema é mudar este estado de coisas, os bancos brasileiros estão numa condição excelente, já os micro e pequenos empresários... O modelo baseado na exploração devia ser substituido pelo da produção, claro que depende de vontade politica, que falta e não é de hoje. Não sou contra o lucro dos bancos, mas gostaria que praticassem o modelo americano de investir no risco. São medrosos, avaros e possuem uma relação atavica com o dinheiro. Venture capital, angel investors, bem isto é real de verdade nos Estados Unidos, no Brasil venture capital é pouco para muito menos ainda e angel investors apenas um conceito etéreo.
Somos a nação de maior criatividade e flexibilidade, mas sem apoio nada feito. Os bancos brasileiros, só discursam de brasileiros e de apoiadores da iniciativa privada, apenas discurso, afinal se não fosse assim, eu não estaria fazendo côro a milhares que gostariam de contribuir para o crescimento desta nação e que penam para manter seus negócios funcionando. Isto não é um desabafo, é apenas a constatação de fatos que vejo ocorrer com amigos e desconhecidos e se repetem a décadas. Com a internet paracia que isto ia mudar, infelizmente não mudou.
Solução? Não existe uma só, mas um conjunto de iniciativas concretas que se colocadas em prática elevaria o Brasil a outro patamar, o seu verdadeiro patamar, muito acima de muitas nações. Um conjunto de ações que passam por estabelecer regras verdadeiras para apoio, redução das restrições ao investimento, reduzir drasticamente a burocracia, reduzir a regulamentação trabalhista, reduzir os impostos sobre a cadeia produtiva e claro mudar o modelo praticado pelos bancos.
Um dia quem sabe vou poder escrever que tudo isto mudou e que daqui para diante seremos tão prósperos como os Estados Unidos...